, CONFOA 2011

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O RepositóriUM e a política de auto-arquivo da produção científica da Universidade do Minho
Ricardo Saraiva, Eloy Rodrigues

Última alteração: 2011-10-10

Resumo


A criação do RepositóriUM – repositório institucional da Universidade do Minho (UMinho), em Novembro de 2003, e a definição, em Novembro de 2004, de uma política institucional de auto-arquivo da produção científica dos seus docentes e investigadores (cf. Despacho RT-56/2004, com efeitos a partir de Janeiro de 2005), tiveram, à luz do seu tempo, um carácter pioneiro, não apenas a nível nacional, mas também internacional, contribuindo para a afirmação e reconhecimento da Universidade do Minho como uma instituição de referência nos domínios do acesso aberto à literatura científica e dos repositórios institucionais.

 

Desde então, o desenvolvimento do RepositóriUM e o crescente nível de utilização que vem registando (mais de seis milhões de downloads desde Janeiro de 2006) têm contribuído sucessivamente para aumentar a visibilidade global da UMinho e o impacto da investigação que nela se desenvolve, como indiciam alguns rankings e estudos já efectuados[1] sobre o número de citações das publicações da UMinho.

 

Tudo isto confirmou que é do interesse da UMinho maximizar a visibilidade, acesso e impacto da produção científica das suas Unidades Orgânica de Ensino e Investigação (UOEI) e dos seus docentes/investigadores através do RepositóriUM. No entanto, a experiência também revelou que o nível de cumprimento da política institucional da UMinho, apresentava grandes variações entre as UOEI e que a percentagem da produção científica da UMinho depositada no RepositóriUM diminuiu entre os anos de 2007 e 2009.

 

Assim, com o intuito de prosseguir e aprofundar a sua rica experiência no domínio do acesso livre às publicações científicas, mantendo-se como uma referência e uma instituição de vanguarda neste domínio, foi promulgado em 2010, com efeitos desde 1 de Janeiro de 2011, um novo mandato institucional (cf. Despacho RT-98/2010).

 

Neste poster pretende-se partilhar a experiência e os resultados já conhecidos dos primeiros meses de implementação da nova política, apresentando dados, a actualizados a Setembro de 2011, recolhidos através do processo de acompanhamento e monitorização que os Serviços de Documentação da Universidade do Minho (SDUM) têm levado a efeito.

 

Sendo intenção apresentar o balanço dos primeiros nove meses da nova política, os dados já disponíveis, referentes aos primeiros seis meses (Janeiro a Junho de 2011), apontam para um sucesso significativo de acordo com vários critérios. Nos primeiros meses de 2011, por exemplo, já foram disponibilizados publicamente mais de 1.740 documentos no RepositóriUM, valor superior ao total anual de cada um dos anos compreendidos entre 2007 e 2010. De igual forma, quando se compara o primeiro semestre de 2011 com igual período de 2010, observa-se um aumento percentual de 125% no concerne ao número de publicações auto-arquivadas, bem como um crescimento de 99% do número de depositantes.

 

É ainda relevante o elevado número de depósitos de artigos com data de publicação de 2011 e referenciados em bases como a Scopus ou Web of Science (WoS), sendo que, em algumas unidades orgânicas de ensino e investigação (UOEI) da UMinho se estima que a taxa de depósito se situe muito perto dos 100% à data das monitorizações já efectuadas.  

 

Para além dos resultados, o poster apresentará também a metodologia adoptada para a divulgação, implementação e acompanhamento da nova política de auto-arquivo da Universidade do Minho.


[1] Ver em especial Gargouri Y, Hajjem C, Larivière V, Gingras Y, Carr L, et al. 2010 Self-Selected or Mandated, Open Access Increases Citation Impact for Higher Quality Research. PLoS ONE 5(10): e13636. doi:10.1371/journal.pone.0013636

 


Palavras-chave


Acesso Aberto; Mandatos institucionais; Repositórios institucionais