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O movimento de acesso livre surge, inicialmente, na Europa, expandindo-se para América, com o objetivo de oferecer alternativas para acesso livre a informação científica mediante o depósito obrigatório da produção do autor na instituição de origem. A Convenção de Santa Fé – reuniu responsáveis por repositórios de e-prints –, foi criada a Open Archives Initiative (OAI) – para definir mecanismo de armazenamento, política de gestão para submissão e preservação e interface aberta para coleta de metadados e, assim, transformar o processo da comunicação científica. Os manifestos internacionais favoráveis ao estabelecimento do OAI foram três: a Budapest Opens Access Initiative (2002), a Declaração de Bethesda para o Acesso Aberto (2003) e a Declaração de Berlim sobre o Livre Acesso ao Conhecimento (2003), o consórcio europeu E-LIS, LSE, London, BOCC, UNESCO. No Brasil, as iniciativas foram: SCIELO (FAPESPA, BIREME, CNPq) em 1997, o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre a Informação Cientifica, IBICT (USP, UNICAMP, UFRJ, UFRGS, UnB, UFPE e UFAM), em setembro de 2005, e a Portaria n. 13 da Capes, de 2006 que instituiu a divulgação de Teses e Dissertações em meio digital. As instituições brasileiras universitárias passam a investir no uso dos recursos das tecnologias de informação que prevêem como um dos resultados a visibilidade de seus produtos, especialmente, os decorrentes das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Com as várias possibilidades, eficientes e de qualidade, para viabilizar esse objetivo urge a necessidade de se estabelecerem políticas que direcionem essas atividades e se padronizem os meios de comunicação e disseminação quanto ao uso de formatos, programas e linguagens em interfaces inteligentes. Nesse cenário surge o Repositório Institucional na Amazônia, com as experiências do Museu Paraense Emilio Goeldi e a Universidade Federal do Pará, no Estado do Pará e o da Universidade Federal do Acre, no Estado do Acre. Representa os serviços prestados pelas Bibliotecas para a gestão e disseminação da produção científica e acadêmica, em formato digital, dos docentes, pesquisadores, técnicos e alunos da pós-graduação. Os conteúdos ficam disponíveis publicamente, com mais visibilidade e acessível para um maior número de usuários. Mantido de forma autônoma para que os autores possam, pelo auto-arquivamento, submeter seus trabalhos e permitir o acesso ao texto integral (arquivo e acesso livre) e aos metadados, incluindo o abstract (arquivo) que serão validados pelas Bibliotecas visando a padronização dos dados correspondentes para dar confiabilidade aos resultados de pesquisa. A experiência da Universidade Federal do Pará iniciou em março de 2011, em que as diversas Unidades começaram a se preocupar com o registro da memória institucional, de aferir competência em suas áreas de domínio e fornecer indicadores de produção. Com as normas e padrões de programas já constituídos e em funcionamento, com descrição de metadados e estruturas sistêmicas de informação plenamente formadas e adotadas no Brasil e exterior, para comunicação e disseminação da informação surge o Repositório Institucional da UFPA, RIUFPA para gerenciamento e monitoramento dessas atividades. Estabelece diretrizes, prioridades, normas de funcionamento, procedimentos técnicos comuns, com a finalidade de garantir a visibilidade da produção cientifica, o auto-depósito dos trabalhos publicados (artigos científicos, livros, capítulos de livros, trabalhos de eventos), revisados e avaliados por pares e referee e o livre acesso a produção cientifica. A inclusão de documentos multimídia pela Assessoria de Educação a Distancia da UFPA, unidade parceira, caracteriza a expansão dos metadados pertinentes a especificidade dos documentos gerados, como vídeos, filmes, gravações. A metodologia empregada obteve sucesso em suas diversas etapas e as atividades foram iniciadas observadas as normas e políticas dos RIs e da Instituição.

Repositórios institucionais; Repositórios Digitais; Comunicação Científica; Acesso Aberto; Acesso Livre;