O artigo examina a importância da comunicação estratégica na governança de dados indígenas, destacando o contexto crescente de discussões sobre soberania e controle dos povos indígenas sobre seus próprios dados. Com base em uma revisão literária e uma abordagem descritiva exploratória, o estudo busca compreender como as práticas de comunicação estratégica podem promover conscientização, empoderamento, diálogo e colaboração entre os stakeholders envolvidos na governança de dados indígenas. São abordadas as práticas históricas de exploração e violação de direitos enfrentadas pelos povos indígenas no campo da pesquisa, destacando a necessidade urgente de abordagens que capacitem essas comunidades a exercer sua soberania sobre seus dados. A comunicação estratégica é identificada como uma ferramenta fundamental para aumentar a conscientização sobre a importância da governança de dados indígenas, empoderar as comunidades, facilitar o diálogo e promover práticas éticas e respeitosas no uso e na gestão de dados. Conclui-se que a comunicação estratégica não é uma solução única, mas sim um processo contínuo que deve ser adaptado às necessidades das comunidades indígenas. Ao valorizar suas vozes e perspectivas, pode-se avançar em direção a uma governança de dados mais justa, inclusiva e equitativa para todos.