O presente pôster se propõe a apresentar os resultados parciais de um estudo em desenvolvimento no Brasil sob a ótica da Responsabilidade Social. Trata-se de uma pesquisa realizada sob os auspícios do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), com o objetivo de desenvolver um sistema digital e informacional voltado às mulheres em situação de violência. O IBICT acredita que a informação produzida pelas fontes primárias de pesquisa científica e tecnológica do país deve chegar, progressivamente, a todas os brasileiros, em um processo maduro e avançado de inclusão social (MCTI, 2010). No Brasil uma mulher é vítima de estupro a cada 2 minutos (Bueno et al., 2023) e de feminicídio a cada 6 horas (Ipea, 2023). E, foi nesse contexto concreto de violência contra a mulher e de constatação da importância da Responsabilidade Social da disponibilização da informação sobre o tema, que realizou-se um mapeamento da rede de acolhimento às mulheres vítimas de violência no Brasil, com enfoque territorial. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, documental, de levantamento e com survey (Will, 2012). Parcerias com instituições governamentais, ainda em fase de negociação, vão permitir a complementação e validação dos dados coletados. Foram mapeadas informações que vão desde os locais de atendimento até os protocolos disponíveis para esses atendimentos.  A coleta de dados acerca da rede de atendimento ocorreu entre em abril de 2022 e outubro de 2023 em sites de instituições públicas. A pesquisa acerca dos protocolos de atendimento, ainda em andamento, foi realizada utilizando formulário on-line e encaminhada via e-mail a todas as delegacias de atendimento as mulheres do país. Os dados coletados acerca da rede de atendimento, em todas regiões do país, mapearam 12.374 estruturas. Os resultados parciais indicam que as práticas concretizadas nessa extensa rede de acolhimento demonstram um mundo real que trata uma análise concreta, material e factual que mantem a relação de dominação social historicamente construída vivenciada pelas mulheres no Brasil (Freyre, 2004; Holanda, 1995). Estudos apontam que informação é uma forma de prevenção a violência doméstica. Informação como conhecimento (Buckland, 1991), conhecimento comunicado referente a um determinado assunto. Assim sendo - considerando que o objetivo da pesquisa é disponibilizar em uma única plataforma todas as informações essenciais acerca da rede de atendimento a mulher vítima de violência - o acesso aberto a essa informação se concretiza nessa prevenção e no subsídio a elaboração de políticas públicas. Essa questão, de divulgação, vai além da transparência do fazer científico e do acesso a informação produzida (dos Santos, 2022), trata-se de colocar em cena a Responsabilidade Social da informação.  Destaca-se, como principal conclusão deste estudo, que a Responsabilidade Social está implícita na divulgação dessas informações e trata da socialização da informação em um movimento de promoção da ciência aberta e aumento do estoque de conhecimento público (Albagli, 2014) acerca do tema Violência contra a Mulher, de modo a apreender o futuro da dimensão de gestão da Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) (Devreux, 2004). Sugere-se, em estudos futuros, a inserção da perspectiva de justiça cognitiva (OCSDNET-Manifesto, s/d).