Última alteração: 2024-06-12
Resumo
Ressalta a importância da ciência aberta (CA) na pesquisa em enfermagem, promovendo transparência, acessibilidade e colaboração. No Brasil, desde 2001, recomendações surgiram para adesão ao modelo de publicação eletrônica na área, visando reduzir custos e aumentar a disseminação da informação. O debate sobre ciência aberta intensificou-se na área de saúde, especialmente após a pandemia de Covid-19, com a necessidade urgente de compartilhar informações científicas. Universidades brasileiras, como a UNIRIO, tem promovido iniciativas pioneiras nesse sentido. O estudo analisou a produção científica de programas de pós-graduação em enfermagem, com foco na natureza e nos modelos de acesso aberto dos artigos. Os resultados revelaram uma adesão significativa ao acesso aberto, especialmente ao modelo híbrido, onde é necessário pagar para publicar. No entanto, a baixa representatividade do acesso aberto verde (AA Verde) indica uma lacuna na implementação das estratégias de acesso aberto preconizadas pela BOAI. Além disso, observou-se que os repositórios institucionais são mais utilizados para depositar teses e dissertações do que para artigos científicos, enfraquecendo a estratégia do AA Verde. A predominância do modelo híbrido é apontada como uma preocupação, representando a apropriação comercial do conhecimento científico produzido por universidades e institutos de pesquisa. O estudo ressalta a necessidade de debates e políticas mais responsivas sobre o papel do acesso aberto no país, visando uma ciência mais democrática e igualitária.