Este texto analisa o paradoxo da vigilância digital como vetor para riscos sistêmicos, discutindo suas implicações éticas e sociais, especialmente nos contextos democráticos contemporâneos. Parte-se da vigilância plataformizada como operador econômico central no capitalismo atual, explorando como a necessidade crescente de monitoramento para mitigar riscos gera novos perigos éticos e informacionais, ampliando desigualdades e comprometendo a integridade democrática e informacional. Utiliza-se uma abordagem crítica fundamentada em literatura especializada e casos emblemáticos como Cambridge Analytica e o sistema Cortex no Brasil.