Cresce entre os historiadores a percepção de que o impacto da revolução digital demanda um amplo processo de redefinição de todas as dimensões da sua atuação como formadores de novos profissionais, produtores e divulgadores de conhecimentos.

Como apontava Patrick Manning já em 2013, a ampliação da disponibilidade de fontes digitalizadas, a evolução da internet, dos equipamentos e dos softwares estabelecem, potencialmente, as condições para projetos muito mais abrangentes de investigação sobre o desenvolvimento das sociedades humanas ao longo do tempo.

A realização desse potencial, entretanto, demanda a incorporação do letramento computacional à formação dos pesquisadores, o engajamento nas disputas políticas internacionais sobre os rumos da sociedade digital, o investimento na infraestrutura computacional disponibilizada às comunidades acadêmicas e a consolidação de práticas de pesquisa coletivas e colaborativas.

O artigo proposto refletirá sobre esse leque de questões a partir das especificidades colocadas pela realidade brasileira.

História Digital, Ciência Aberta, Preservação Digital