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Este trabalho apresenta os primeiros resultados do projeto dARK (Decentralized Archival Resource Key), uma iniciativa que visa à atribuição e à resolução de identificadores persistentes (PIDs) de forma distribuída em uma rede permissionada de blockchain. Partindo da expansão do identificador ARK (Archival Resource Key), o dARK busca garantir maior autonomia institucional, baixos custos e alta resiliência no acesso e na preservação de objetos digitais. Discutem-se os fundamentos conceituais e técnicos que embasam o dARK e se ressalta sua importância para a gestão de informação em ciência e tecnologia, especialmente em países do Sul Global. A implementação no ecossistema brasileiro, em parceria com o Oasisbr, demonstra potencial de escalabilidade e interoperabilidade, evidenciando benefícios como atribuição massiva de PIDs, tolerância a falhas e integração com resolutores globais de ARK. O trabalho destaca ainda perspectivas de evolução do dARK, tais como governança federada, desenvolvimento de plugins para repositórios e periódicos e adoção de soluções de armazenamento distribuído de metadados. Conclui-se que, ao democratizar o uso de identificadores persistentes, o dARK fortalece práticas de ciência aberta, fomenta a colaboração regional e global e promove a sustentabilidade de serviços de comunicação científica.

ARK; Identificadores persistentes; Blockchain; Gestão de informação