Esta pesquisa investiga a expressiva redução da publicação de livros na área de Ciência da Informação, buscando compreender causas, consequências e possíveis caminhos para a sua valorização na comunicação científica. De caráter exploratório e reflexivo, o estudo analisa a produção científica de universidades paulistas e programas de pós-graduação na área, com dados extraídos das bases OpenAlex e Sucupira (base de dados de programas brasileiros de pós-graduação). Os resultados revelam que os livros representam 2,6% da produção científica total da USP, UNESP e UFSCar. Especificamente na Ciência da Informação, livros e capítulos correspondem a 22% das publicações, dos quais 23% estão em acesso fechado. A pesquisa evidencia que políticas de avaliação acadêmica priorizam artigos em periódicos e desvalorizam os livros, impulsionadas por métricas quantitativas. No entanto, observa-se o surgimento de oportunidades por meio da Ciência Aberta e dos repositórios de acesso aberto, que favorecem a disseminação de livros e outros formatos de publicação. O estudo reforça a importância de revisar os critérios de avaliação da produção científica, reconhecendo o papel dos livros como veículos fundamentais para a difusão do conhecimento, especialmente em áreas nas quais o aprofundamento teórico e a reflexão crítica exige formatos mais extensos e flexíveis.