Última alteração: 2025-04-15
Resumo
A ciência aberta tem se consolidado como um princípio estruturante nas políticas de financiamento à pesquisa, que passaram a exigir práticas como o acesso aberto, o compartilhamento de dados e a adoção de identificadores persistentes. Este artigo analisa como essas exigências vêm sendo operacionalizadas por agências de fomento nacionais e internacionais, destacando tanto os desafios percebidos pelas próprias agências quanto iniciativas concretas de implementação. A partir da análise de literatura recente e estudos de caso emblemáticos, como o Plan S e a iniciativa ASAP, discute-se o papel das políticas de financiamento como catalisadoras de transformação no ecossistema científico. Observa-se que, embora haja avanços, ainda persistem barreiras culturais, técnicas e institucionais que exigem respostas articuladas. A proposta é contribuir para o debate sobre o equilíbrio entre exigência, suporte e inclusão nas políticas de ciência aberta.